sábado, 31 de dezembro de 2016

MIRANDO... MIRÓ

Posted, 31 de dezembro de 2016


Domingo de folga…e ainda por cima um dia solarengo de inverno, há que desfrutar de um programinha em família. Desta vez decidimos estimular outras áreas cerebrais,  ou seja, separarmo-nos da racionalidade do hemisfério esquerdo e deixarmo-nos levar pela criatividade, imaginação, serenidade e visão global do hemisfério direito.


O mote para esta incursão familiar, deveu-se à exposição Materialidade e Metamorfose de Joan Miró presente no Museu de Arte contemporânea de Serralves. De realçar que a cada primeiro domingo do mês a entrada é gratuita. |leia mais|





















As 85 obras de Miró estiveram sempre envoltas de polémica tendo mesmo em 2013 como destino a venda internacional não fosse o Ministério Público.


CONHECER JOAN MIRÓ (1893-1983)

 
www.aitormanero.com

Joan Miró nasceu em Barcelona a 20 de abril de 1893 e morreu em Palma de Maiorca em 25 de dezembro de 1983. Foi escultor, pintor, gravurista e ceramista. Considerado por muitos como um dos grandes representantes pintores surrealistas. 

Tinha como principal caraterística a mistura sem limites entre o mundo real e o irreal, deixando a emoção expressar-se nas suas múltiplas possibilidades. Nas pinturas destacam-se: Nord-Sud (1917, óleo); Interior holandês (três pinturas a óleo, 1928); Azul (1961, óleo) e a Esperança do condenado à morte (1974). 
Interior Holandês (epdlp.com)

Azul (allposters.com.br)























Nas esculturas de realçar as: Pássaro Lunar (1946-1949, bronze); a Carícia de um pássaro (1967, bronze) e a Mulher e o pássaro (1983, cerâmica). 

Pássaro Lunar
A Mulher e o Pássaro
Carícia de um Pássaro


Responsável também por alguns dos mais belos murais como os murais cerâmicos do Sol e da Lua (1958, Sede de Unesco em Paris) e o do Novo Palácio do Congresso de Madrid (1980).

Sol e Lua 

Novo Palácio de Congressos de Madrid

MIRÓ E SERRALVES


A exposição “Materialidade e Metamorfose” reúne setenta e oito pinturas, desenhos, esculturas, colagens e tapeçarias, sendo esta comissariada pelo especialista mundial na obra de Miró, Robert Lubar Messeri.

Á minha chegada, fui confrontado com uma multidão que aguardava a vez para visitar a famosa obra de Miró. Sensivelmente um hora e lá fomos nós. 

Não sendo a minha área de expertise, nem me atrevo a avaliar ou a tecer grandes comentários à sua obra, visto não ter as skills ou o know how suficiente para tal. Não é fácil sair da racionalidade dos processos e do pensamento, desta forma posso simplesmente afirmar que gostei de vários quadros, principalmente os traços pictóricos, as projeções, transformações e conjugação das cores. 











Não tenho qualquer dúvida que mesmo os que não gostam ou não percebem ou revêm na obra, reconhecem a mais valia desta valiosa exposição para a nossa cidade, a Cidade do Porto.

Ultimada esta deliciosa manhã artístico/cultural, a barriga já começava a dar horas…os miúdos há muito questionavam quando iria terminar os quadros esborratados com riscos e pontos e imagens esquisitas…simplesmente sorri e disse…bye bye Serralves e lunch time…lets gooo




Desta vez a escolha do restaurante deveu-se a uma referência do blogguer O Lambetacho, o qual no final da apresentação do espaço, define a seguinte pergunta: repeteco? Sim sem dúvida que sim. O eleito foi o restaurante Maria Rita, sediado na rua da Alegria, junto à praça dos poveiros. Espaço pequeno, rústico, mas bastante acolhedor. staff bastante acessível, profissional e simpático.




O menu não é muito alargado, mas a minha intenção é sempre degustar a especialidade da casa. Aproximava-se das 14h00 e a fome como diz o povo já era negra. Atacamos uma tábua de enchidos e queijo num ápice, como a própria imagem mostra. 




Nesta casa reina o bacalhau à Maria Rita é Rei...ou talvez Rainha pelo nome...ahah. O bom da partilha de um prato para duas pessoas com cara metade, é o fato de elas comerem apenas ¼ e nós o restante…eheh…dietas. Na realmente uma especialidade, sabores bem apurados e condimentados. Na gíria diz-se que a refeição deve ser bem acompanhada à viola que neste caso, foi uma garrafa de vinho maduro branco transmontano: Lhéngua Mirandesa.


 

Os miúdos escolheram Bife de Boi à Portuguesa, que pelo estado final dos pratos, a impressão que fica é que este prato também não ficou atrás da especialidade. 




As sobremesas foram preteridas, seguindo-se o café com um xiripiti final à discrição.



As doses são bastante generosas e com um paladar bastante tradicional enquadrando-se numa excelente relação qualidade/preço. Dito isto...definitivamente a repetir



Buon appetito




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