domingo, 29 de janeiro de 2017

SEXTA FEIRA 13 “NOITE DAS BRUXAS” EM MONTALEGRE

 Posted by Jorge Monteiro, 29 de Janeiro de 2017


A sexta feira 13 é por muitos considerado como dia do azar e de má sorte. Na Numerologia, o dia 13 segue o dia 12, dia completo (12 meses, 12 apóstolos, 12 constelações), logo 13 significa infortúnio.

Em termos históricos não existe nenhuma evidencia que este numero esteja relacionado com conotações negativas, até mesmo em algumas culturas, nomeadamente a egípcia, a vida era composta por 12 estágios e o 13º seria a vida eterna.  Logo assume-se não como a morte mas sim como uma notável transmutação. Esta transmutação ligada a morte foi distorcida ao longo dos tempos por outras culturas que sustentavam o medo da morte.



Alguns culpam a desconfiança dos cristãos em oposição às religiões pagãs, Segundo a Wikipédia: "sexta-feira recebeu o nome em inglês em homenagem a Frigga, a deusa nórdica do amor e do sexo. Esta forte figura feminina, de acordo com os historiadores, representava uma ameaça ao cristianismo, que era dominado por homens. Para combater a sua influência, a igreja cristã a caraterizou como bruxa, difamando o dia em que a homenageava. Essa caraterização  também pode ter tido um papel no medo do numero 13".

Outra explicação afirma que o Rei Felipe IV de França estava a ser ameaçado pelo poder da Igreja e numa tentativa de modificar esta posição, tentou filiar-se na ordem religiosa dos Cavaleiros Templários, mas esta foi negada. Segue na sexta feira 13 Outubro de 1307 uma perseguição sem precedentes contra a Ordem dos Cavaleiros Templários, acusados de sacrilégios à cruz, de heresia, sodomia e adoração a deuses pagãos. 


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No Cristianismo esta crença apoia-se na ideia que Jesus Cristo  foi morto numa sexta feira 13 segundo o calendário hebraico. Também recordemos a Santa Ceia onde estavam à mesa treze apóstolos e dois deles morreram nesse dia, Jesus e Judas Iscariotes.


Última Ceia de Leonardo da Vinci
Misticismo e superstições à parte, nasci numa sexta feira 13 e sinto-me um afortunado, logo, o valor das coisas valem a importância que se lhes querem dar. Há muito tempo que queria conhecer e participar na sexta feira 13 em Montalegre.  Desde 2002 que Montalegre tornou-se a “capital do misticismo”, sendo considerada uma das maiores festas de rua país. Podemos ver nas ruas de Montalegre, “Bruxas”, “Demónios” ou “Duendes”. Montalegre sai do mapa e catapulta o evento que deixou de se local, para uma injeção económica na região, desde o setor da hotelaria, restauração e comércio.


Cheguei já de noite e digo-vos com a maior das sinceridades, nunca senti tanto frio como em Montalegre…” comiam-se-me os dedos” …gelo…gelo…gelo…de ressalvar as fogueiras pela vila e o calor humano. quando cheguei ao castelo, tentei aquecer da melhor maneira que sabia e havia...ahah. 


















Tive ainda o prazer se ser abrilhantado pela fleca de neve, termo utilizado na minha terra para chuva de neve, tentei encontrar o termo na net e nada…

O Ponto alto da festa continua a ser protagonizado pelo Padre Fontes, pelas 13h13 com a habitual queimada, bebida feita "à base de aguardente, limão, maça, canela e açúcar" que esconjura todos os males. Desta vez por doença o Padre Fontes não pode estar presente mas deixou uma mensagem em vídeo para todos. Esta mensagem resume-se às palavras: DIVIRTAM-SE E SEJAM FELIZES.


Montalegre mais uma vez vestiu-se a rigor para presentear os seus visitantes, carregado de misticismo e de animação. Nada foi deixado ao acaso, desde as animações de rua, design dos restaurantes aderentes, jogo de luzes no castelo e o próprio espetáculo teatral e fogo de artificio final. Sem dúvida a repetir, mas também com margem de progressão e internacionalização. 





Deixo-vos com imagens alusivas a este espetacular dia...ou bem dizer...noite


Ecomuseu Barroso















Bem Hajam e obrigado


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